Diferente daquilo que se imagina, na calvície ocorre queda de cabelo não somente no couro cabeludo, mas também em outras regiões do corpo. Apesar de ser comum na população, existem diversas causas e fatores que podem desencadear a queda de cabelo.
A calvície é multifatorial e pode levar à perda total de cabelo. Já a queda de cabelo comum pode ser transitória e simples para solucionar. Por isso, apenas um dermatologista pode avaliar se o caso é de calvície ou queda de cabelo comum. Identificando o problema e principal causa é possível direcionar um tratamento especializado e que realmente funcionará.
Uma pessoa pode perder até 100 fios de cabelo por dia, de forma natural, sem risco de desenvolver calvície.
Sinais de calvície para ter atenção
A calvície, ou alopecia androgenética, é considerada uma doença inflamatória, pois afeta os folículos do pelo. No entanto, ela tem também caráter hereditário. Apesar de ser mais comum entre os 40 e 50 anos de idade, os primeiros sinais da calvície aparecerem antes dos 20 anos devido ao excesso de liberação de hormônios no corpo.
Os primeiros sinais aparentes são queda frequente, crescimento mais lento e cabelos mais finos.
Normalmente é possível observar um aumento na queda de cabelo, seja ao lavar os fios ou passar as mãos durante o dia. Desde a adolescência já é possível observar o afinamento dos fios, que é um grande indicador de calvície. Os finos se tornam mais finos, o couro cabeludo fica com os poros mais abertos, e os cabelos ficam mais ralos progressivamente.
Fique atento em casos de:
- Cabelos caindo mais rápido, em maior quantidade e até mesmo em tufos;
- Couro cabeludo com aspecto diferente, como vermelhidão, ardor, coceiras;
- Maior produção de oleosidade no couro cabeludo;
- Presença de caspas.
Outros tipos de calvície e as causas mais comuns
Tanto para homens, quanto para mulheres, as causas da queda de cabelo variam. Conheça outros tipos de calvície e as principais razões para o aparecimento do problema:
Alopecia areata
São áreas redondas ou ovais sem cabelo, seja no couro cabeludo ou em outras partes do corpo. Pode evoluir para a perda total dos cabelos.
Alopecia cicatricial
Causada por traumatismos e queimaduras químicas ou físicas. Soma-se também doenças que evoluem para atrofia ou cicatriz, como piodermite, leishmaniose, tuberculose, herpes-zóster, tumores, lúpus e outras condições.
Alopecia mecânica
Nesse caso, a queda de cabelo ocorre devido a fatores físicos, como atrito, por exemplo. O tratamento é afastar as causas, pois, dependendo de quanto tempo está havendo o atrito, pode ser irreversível.
Calvície feminina
Também chamada de alopecia feminina difusa, está associada a condições hormonais femininas, como menopausa e uso de suplementos hormonais masculinos. Os cabelos ficam mais finos, perdem elasticidade e começam a cair. Nesse caso, é comum a presença de seborreia.
Devido às diversas causas relacionadas, o problema pode iniciar na adolescência devido ao aumento no estímulo hormonal durante a puberdade, mas se torna mais expressivo entre 40 e 50 anos.
Calvície induzida por doenças infecciosas
Doenças que causam febre alta, com 3 a 5 dias de duração, podem causar queda de cabelo em até 90 dias após os episódios de febre. Normalmente, os cabelos nascem de novo sem necessidade de tratamento.
Calvície induzida por causas sistêmicas
Normalmente ocorre após doenças que acometem todo o organismo. São exemplos: lúpus eritematoso sistêmico, anemia ferropriva, diabetes, hipotireoidismo e hipertireoidismo.
Tratamento para calvície: qual profissional da saúde procurar
Os tratamentos mais simples se baseiam em estimulantes para o crescimento dos fios, como o Minoxidil e bloqueadores hormonais. O objetivo do tratamento é evitar a queda e tentar recuperar os fios perdidos. Casos mais graves podem ser tratados por meio da técnica de transplante capilar.
É importante ressaltar que os tratamentos necessitam de indicação médica para ajuste de dosagem e frequência dos medicamentos. Jamais se automedique. Procure um dermatologista de confiança e com boas referências.
Somente o profissional capacitado é capaz de identificar a raiz do problema e tratar com segurança, sem colocar em risco a saúde e a estética do paciente.
5 dicas para evitar maior queda de cabelo
Apesar do fator genético influenciar de forma significativa a queda de cabelo, é possível adquirir hábitos de vida que reduzem a queda.
Uma alimentação saudável e rica em vitaminas previne a queda pela redução da inflamação e da ação contra o bulbo capilar. Caso necessário, é possível a suplementação de vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina E, Zinco e aminoácidos.
Essa suplementação nutricional pode:
- Aumentar o fluxo sanguíneo no couro cabeludo;
- Reduzir o acúmulo de gorduras e colesterol nos bulbos;
- Preservar a força dos fios;
- Estimular o crescimento de novos fios;
- Reduzir a quebra.
Fique atento aos sinais de calvície. Procure um profissional especializado que faça um diagnóstico o quanto antes, pois quanto mais cedo inicia-se o tratamento, melhores serão os resultados.
